Minha História com as Entidades Ciganas
- Casa de Magia Recanto das Almas
- 30 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
(Um relato de como se deu meu trabalho com a linha cigana)
Não tenho palavras de fato para descrever o que eu sentia pelas entidades ciganas. Asco, nojo, ranço, qualquer coisa nesse gênero serve. Eu tive um contato inicial MUITO ERRADO, com médiuns que deturpavam o trabalho das entidades e entidades ciganas que hoje eu classifico como extremamente negativas e prejudiciais. Utilizavam das entidades para falar aquilo que tinham e expressar o interior dentro de si. Isso me gerou um trauma profundo. (não havia gira, apenas a incorporação esporádica das entidades da mãe de santo e do cigano da mãe pequena)
Quando mudei de casa me deparei com a gira cigana. Tentei me manter aberto para assistir e aprender mas havia uma barreira ali. Observei o Cigano Igor (louvo teu nome por ter aberto essa porta) e outros, todos muito simpáticos e receptivos, onde fui me soltando. Mas eu não tinha Entidade Cigana, isso sempre foi me afirmado, e eu realmente não queria trabalhar com nenhum. Não sentia a menor vontade. Quase no final da gira os médiuns novos e em desenvolvimento foram chamados ao meio para o desenvolvimento. Eu fechei os olhos pensando: puuf não vai vir ninguem eu não tenho cigano.
EU RODEI IGUAL UM PIÃO.
Eu senti uma fome voraz. Eu abri um sorriso esticado de orelha a orelha. E minhas mãos foram para próximo do meu ouvido em forma de castanhola.
Três coisas se passavam na minha mente naquele momento:
1 - DE ONDE ISSO SAIU? 2 - Essa musica: https://www.youtube.com/watch?v=FQVX67tp1YQ que ele tocava no ritmo com a castanhola invisível (pra mim) (e até hoje TEM QUE TOCAR NA FESTA) 3 - Eu surtei.
(Quem me conhece sabe que minha expressão não e muito sorridente. E ele sorri. O tempo. Todo. O que me obriga a fazer um pequeno alongamento na face antes e depois da incorporação rsrs.)
Depois dessa gira houveram outras, e assim, eu passei a ter um Cigano Menino, uma entidade jovem muito alegre sorridente e comilona. Anos depois já sem casa, ele me revelou seus fundamentos como enviação, nome, etc. Cigaño Juanito. Eu caí no encanto dos Ciganos. A Euforia e Alegria que Juanito transmite é contagiante.
Após ter minha Casa conheci outros Ciganos, inclusive Cigano Stephano (salve suas forças), um chefe de Clã, que chefiava a linha cigana da casa, pois Juanito se recusava veementemente a fazer isso. Dois anos atrás, Juanito trouxe sua irmã, Cigana das Rosas Vermelhas para trabalhar o Baralho Cigano comigo (eu já jogava sem regência de uma entidade especifica). E na véspera da festa Cigana de 2019 o Cigaño Pablo entra na minha vida. Sendo Pai de Juanito e Cigaña de las Rosas Rubras, que vieram preparar o caminho para seu pai, ele assume assim a frente dos meus trabalhos Ciganos e divide a Chefia da Casa com Stephano. Exímio feiticeiro, com muita facilidade de adaptação pode trabalhar tanto na linha cigana quanto na linha de Exú se necessário.
E foi assim que eu, Mateus de Xangô, que não suportava Cigano, acabei com dois Ciganos de Incorporação e uma mentora cigana.
(obs: a imagem que ilustra esse post é do Cigano Pablo. Por acaso essa imagem veio da casa de minha mãe carnal. Ela sempre esteve presente na mesa Cigana sem eu saber. Que coisa não?)
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