Meu terreiro...
- Casa de Magia Recanto das Almas
- 29 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Meu TERREIRO eu não comparo com uma igreja. Meu GONGÁ é também um ALTAR. Meus TRABALHOS eu chamo de GIRA, porque missa é um rito diferente de outra religião.
Acredito em UMA FORÇA DIVINA MASCULINA a quem eu chamo de OLORUM, ZAMBI, OLODUMARE, Acredito em UMA FORÇA DIVINA FEMININA a quem eu chamo de CRIADORA,
Acredito em um OXALÁ PRETO de manto branco,
Minha GUIA não é um TERÇO, mas sim instrumento de força e sintonia energética,
Meu PONTO é também uma ORAÇÃO, mas o meu CÉU é o ORUN, e os meus ORIXÁS NÃO SÃO SANTOS.
Respeite o meu sagrado sem compará-lo a nenhum outro por ele ser livre, diverso e único como ele é.
EXÚ Me ensina que, se deseja algo, tem que ter merecimento e conquistar. POMBO GIRA Me ensina que amor verdadeiro é amor próprio! PRETOS VELHOS me ensinam a praticar a humildade, caridade, paciência e amor na hora certa, com as pessoas certas e a nunca me curvar a opressor nenhum! CABOCLOS me ensinam que a vida preservando e comungando da natureza é necessária. BOIADEIRO me ensina que a coragem vem de onde menos se espera. AS CRIANÇAS me ensinam que a pureza de uma criança nunca deve morrer no coração de um adulto. OXUM me ensina que o amor vale muito mais que o ouro. OMOLU me ensina que não existe sofrimento em recomeçar tudo outra vez. OGUM me ensina que nem sempre se vence uma batalha com guerra. OXÓSSI me ensina que a maior necessidade para tudo nessa vida é a paciência. XANGÔ me ensina a acreditar em sua justiça divina, e não na minha. (Eu tento...) IANSÃ me ensina a enfrentar (e vencer!) as tempestades da vida com a cabeça erguida. IEMANJÁ me ensina como é amar a todos os filhos incondicionalmente, independente de nossas diferenças ou divergências. OXALÁ me ensina que para ser bom não preciso ser santo. BARÁ me ensina que o pouco pode se multiplicar. O Divino me ensina todos os dias que minha fé, o que eu prego, o que eu faço e o meu trabalho não deve ser comparado a nenhum outro, pois ele é ÚNICO e não precisa ser comparado pra ser aceito!
Texto Original de Pai Mateus de Xangô, revisado e editado por Eliza.
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